sexta-feira, 1 de junho de 2012

Sentados num punhado de grama em meio a areia, conversávamos sobre futuros promíscuos e atos falhos, soberba, vodka, calcinha comestível e borrões no céu.
Bebericávamos  chá gelado e nos contorcíamos sempre que nossa posição tornava-se desconfortável.
O céu, em uma metamorfose única, fez brotar uma lua, algumas nuvens sem nexo estrutural, estrelas vagabundas e solitárias, entre outros enfeites que só Deus explica.
Analisávamos cada ocorrência e ríamos, feito filósofos de meia idade.Apontávamos defeitos visuais em cada pessoa que passava perto da gente e fazíamos uma história para cada uma delas.
E por mais que parecesse monótono, ela mudaria só pelo fato de estar presente a mim.
Não importaria o lugar, a hora, a conversa, as pessoas à volta, portanto que ela estivesse ali, comigo, bebericando algo e conversando abobrinhas, me abraçando ou beijando, tornaria tudo perfeitamente completo.
Depois de amanhã iremos pedalar, desde já preparo minhas falas, meus trejeitos e meu coração, o resto, eu deixo por parte do destino.
É simplesmente mágico.


Diário de um poeta vencido - R.

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