domingo, 18 de novembro de 2012


Aqui me encontro, afetado pela esquizofrenia da escória, vomitando a injuria que teima em entopir minha garganta.
A ignorância tornou-se luz, o sangue virou ópio, a vida tornou-se industrializada.
Eu não queria ter que me adaptar às cores da televisão e nem ao carro do ano. Eu não queria  ter que me adaptar a promiscuidade entorpecente dos rótulos da felicidade, lacradas com selo da mais alta hierarquia de canalhas que promovem o fim da originalidade do ser.
Teimo em acreditar na esperança do povo que se esfacela nas calçadas, que se suicidam pelo voto limpo e pela compaixão dos bilderbergs.
Choro ao ser noticiado que o sangue nativo, histórico e cultural é derramado pela insaciável rotação de poderes e fobias.
Encolho-me quando assisto o povo aplaudir a atriz enquanto se faz dinheiro bélico, proporcionando ainda mais o desagregamento das massas.
Parem de sorrir enquanto há motivos pra chorar, sejam verdadeiros e tenham compaixão. Abram a cabeça, mas abdiquem às informações de falsos profetas. Tenham esperança em suas causas mas não sejam tolos em vislumbrar fantasias em suas metas.
E por favor, não deem continuidade a automutilação, pois dos olhos já renuciaram.
Cegamo-nos, em ato covarde, por amor a si.
Minha alma, já em retalhos, agoniza ao último pensamento:
Afinal, quem disputa sua supremacia mental?Você?

( é um curiosidade saber o que se aloja na cabeça esmiuçada dessa porcalhada, tô puto, prontofalei)

R.