De meus desejos à valsa.
Meu cântico à tuas queixas,
meu mórbido às suas deixas
De contingentes à sua ala.
Pernoite vasoso, escapolindo às auroras
Que, outrora, fulgurosas
Tornou-se cônscia e foragida
de mim e de ti, maldita!
Ah, inda que , do lúgubre pesar
Deus queira, da cova, difamar
Inda que , da tumba abite
Cardíaco a ti, que palpite!
Calo-me, assim serás
Simplificado no ópio mortífero
Exalrido no poço ibero
Suplicando minha vida à Barrabaz
Oh god, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
domingo, 30 de dezembro de 2012
domingo, 23 de dezembro de 2012
domingo, 9 de dezembro de 2012
Sopro do Leste, o que o traz ao ínfimo cemitério meu?
Aviso-te, inda que, de efêmero riso, ei de ser feliz pelo curto período, tranpondo o fluido que escorre de meus olhos.
Sou todo um pecado, uma decepção, estagnado na sublime culpa de vir a ser sempre o mal.
Eu sou mal que invade meu corpo, eu sou mal que exacerba feitios de uma psicose louca e viciada.
Eu sou toda a culpa que transborda em Adão e a maçã.
Eu sou todo só, caminhando na escada retrógrada da solidão.
Ígnea depressão, louvo-te!
És o meu fim.
Adeus!
R.
(O diário de um poeta vencido.)
Aviso-te, inda que, de efêmero riso, ei de ser feliz pelo curto período, tranpondo o fluido que escorre de meus olhos.
Sou todo um pecado, uma decepção, estagnado na sublime culpa de vir a ser sempre o mal.
Eu sou mal que invade meu corpo, eu sou mal que exacerba feitios de uma psicose louca e viciada.
Eu sou toda a culpa que transborda em Adão e a maçã.
Eu sou todo só, caminhando na escada retrógrada da solidão.
Ígnea depressão, louvo-te!
És o meu fim.
Adeus!
R.
(O diário de um poeta vencido.)
terça-feira, 4 de dezembro de 2012
Senão eu, quem irá crer naqueles a quem recebe o olhar desviado?
Um dia anterior senti a necessidade de partilhar meu sorvete com um mendigo que, com o calor e a labuta diária, clamava por algo que lubrificasse não sua garganta, mas suas córneas gastas de tantas mãos que negaram ajuda.Ele precisava que alguém partilhasse algo com o mesmo.Precisava de um gesto.
Precisamos renunciar, muitas das vezes de nossos desejos, de nossas satisfações para proporcionar ao outro a oportunidade de saciar, ao menos uma vez, o desejo de tomar um sorvete gelado em meio ao sofrimento do cotidiano.
Tornei-me feliz em ceder meu doce ao garoto que sorria, se lambuzando e agradecendo pela satisfação momentânea de suas papilas, de sua pele arrepiada e de sua tão prazeirosa luta...
pelo dia agônico que virá.
Quem derá eu pudesse distribuir alegrias duradouras para aqueles que necessitam, ao menos uma vez, de uma dose de alegria.
Amanhã irei passar por outra rua, com vários picolés nas mãos e sorrindo abestadamente para aquels a quem você renegou no semáforo.
Um dia anterior senti a necessidade de partilhar meu sorvete com um mendigo que, com o calor e a labuta diária, clamava por algo que lubrificasse não sua garganta, mas suas córneas gastas de tantas mãos que negaram ajuda.Ele precisava que alguém partilhasse algo com o mesmo.Precisava de um gesto.
Precisamos renunciar, muitas das vezes de nossos desejos, de nossas satisfações para proporcionar ao outro a oportunidade de saciar, ao menos uma vez, o desejo de tomar um sorvete gelado em meio ao sofrimento do cotidiano.
Tornei-me feliz em ceder meu doce ao garoto que sorria, se lambuzando e agradecendo pela satisfação momentânea de suas papilas, de sua pele arrepiada e de sua tão prazeirosa luta...
pelo dia agônico que virá.
Quem derá eu pudesse distribuir alegrias duradouras para aqueles que necessitam, ao menos uma vez, de uma dose de alegria.
Amanhã irei passar por outra rua, com vários picolés nas mãos e sorrindo abestadamente para aquels a quem você renegou no semáforo.
domingo, 2 de dezembro de 2012
Transborda-te em mim, enxágua-me de vida, faz-me afogar no túmulo de saliva precoce, faz-me algo, eu quero ser.
Torna-me Leviatã de tuas ondas, beba-me em teu leito de fecunda utopia.
Deixa-me sem norte, sem céu, sem dor...
Banha-me de alegrias verdadeiras, banha-me de corpo e alma, ocupa meu sonho, torna facto tudo que tende a esvair com o vicioso querer.
Quero-te sempre, mas nem sempre irei ser e ter.
Sou teu vento e você a minha moradia.
Sou teu banhista nesse imenso oceano de causas...
minha sina.
R.(no ônibus, olhando o mar)
Torna-me Leviatã de tuas ondas, beba-me em teu leito de fecunda utopia.
Deixa-me sem norte, sem céu, sem dor...
Banha-me de alegrias verdadeiras, banha-me de corpo e alma, ocupa meu sonho, torna facto tudo que tende a esvair com o vicioso querer.
Quero-te sempre, mas nem sempre irei ser e ter.
Sou teu vento e você a minha moradia.
Sou teu banhista nesse imenso oceano de causas...
minha sina.
R.(no ônibus, olhando o mar)
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