terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Sinto, inúmeras vezes, uma sensação depravada de largar tudo, perder o foco , as obrigações, os laços afetivos.Talvez seja algo cá dentro sufocando a minha felicidade.Não sei o que se encontra na mais profunda cova de meu palpitante órgão, só sei que isso me atrasa e me consome.Uma bela droga comerciável, um lança-perfume de esquina, talvez uma tragada passiva de algum vento que me trouxe um ópio corrosivo. Não!A verdade é que não sei o que se aloja em meu peito e também não sei como tirá-lo daqui e mesmo que soubesse eu teria uma preguiça imensa só de pensar no trabalho.E assim fico, com um buraco entupido de lágrimas inúteis, desejos moribundos e uma merda de ferida que teima em latejar.É triste, é realmente muito triste.


R.

ta podre mas.... foda-se :D

O desejo falho sucumbi
E junto o meu penar
Tantas eras pernoitei no cume
Daquilo que não quis se realizar

Sublime é não esquecer
De tudo o que foi em vão
Mesmo caído em prantos e solidão
Fui firme em me vencer

Afasta esta fera que assola
esta que tanto lhe consola
Na ilusão de rever
O que se foi de querer

Nada é mais regrado
Tudo por desmerecer
cansado e fadigado
E mesmo assim...
Eu ei de crescer


R.