sexta-feira, 18 de maio de 2012

Aparenta ser algo infantil essa coisa de viajar em seus sonhos.Aparenta ser adulto viver as obrigações de sê-lo.Aparenta ser feliz aquele malabarista em seu espetáculo circense.Aparenta ser triste aquele pagão uivando aos céus freneticamente.
Muita coisa aparenta ser o que interpretamos de antemão, mas não é.


R.
Acredito que a desculpa mais fajuta é aquela de aceitar o que você realmente acha que é.Isso se chama comodismo, aceitação, fracasso.
Tenha ciência de algo, as pessoas mudam de acordo com as circunstâncias de necessidade.Pressão e amor são algumas.Não é exatamente uma mudança forçada, basta entender que os fatores que te levam a mudar são em prol de seu desenvolvimento psicológico, social e físico.
A mudança é ,desde sempre, necessária para a formação de um ser.Não aceite o que você é.Aceite o que você tende a ser.
É o que eu acho...


R.
N'outro dia, peguei-me apreciando a chuva da madrugada, tão silenciosa e fria, tão momentânea e só.
No mesmo instante em que a gota pura de chuva solitária toca meus dedos, sinto meu corpo arrepiar.Ponho minhas mãos em concha e deixo que a água preencha aquele oco.Algumas gotas esvaem pois não as fechei corretamente, mas inúmeras delas ainda ficam em minha posse.
E, naquele momento, criei um vínculo com o líquido que se molda a mim, como se ele fosse feito pra estar ali.Sorri olhando para o fato.
Seria interessante se as pessoas se fizessem chuva, por mim, fadiga alguma iria fazer com que eu desatasse aquele elo com as mãos.Tornaria meu oco um lugar mágico de lágrimas do céu, mesmo em madrugadas frias, silenciosas e sós.
Eu amo a chuva.

R.