domingo, 2 de dezembro de 2012

Transborda-te em mim, enxágua-me de vida, faz-me afogar no túmulo de saliva precoce, faz-me algo, eu quero ser.
Torna-me Leviatã de tuas ondas, beba-me em teu leito de fecunda utopia.
Deixa-me sem norte, sem céu, sem dor...
Banha-me de alegrias verdadeiras, banha-me de corpo e alma, ocupa meu sonho, torna facto tudo que tende a esvair com o vicioso querer.
Quero-te sempre, mas nem sempre irei ser e ter.
Sou teu vento e você a minha moradia.
Sou teu banhista nesse imenso oceano de causas...
minha sina.


R.(no ônibus, olhando o mar)

Nenhum comentário:

Postar um comentário