quinta-feira, 15 de novembro de 2012

A sensação bucólica e transcedente de experimentar a própria alma, abraçar o eu, viver o que há por dentro de toda a camada de pele, músculos e ossos.
Agudo no espírito cada lapso, cada fervor que fulguras de minhas entranhas, de minhas vestes a fora, emergindo para o além, onde permeia e perambula o inato, o pustulento e com toques de uma epigênese escandalosamente pecadora.
Ohh garganta, de injúrias mais, sondas na poça de sangue de suas crateras escancaradas, de suas feridas latejantes.Regurgita o clamor aos céus, implora sua deixa do que atina e finca sua perspectiva de vida.Grita, cospe, exala toda malevolência da dor, encrustada nos abismos da tendência que assola o fel querer.
Os conceitos ultrapassados esvaindo da carne, o soluço se calando e perdendo a razão, a alquimia mudando de fórmula.
Tudo promovendo o mais belo espetáculo do ser, explodindo em tripas, saciando o chão, a queda e enfim, a ascensão.
Quando mais além de toda a cena, aquietada pelo silêncio das incógnitas, o corpo padece, permitindo a entrada do novo e belo, talvez incerto, talvez duvidoso.Deve ser essa a beleza de sensibilizar sua conduta: assistir o medo permitir o que virá.

R.

Nenhum comentário:

Postar um comentário