terça-feira, 19 de junho de 2012

Acordei com vontade de sorrir, abri a janela e escancarei os braços de preguiça; meu ombro estalava feito fogueira e minha boca abria mais que cancela de bar de faroeste.Mas eu estava feliz.
Sabe aquela felicidade espontânea?Aquela que contagia sem sentido e permanece misteriosa?É estranho, mas quem se importa, veio em um momento bom.
Caminhava pela casa ainda sonolento e me esgueirava em qualquer canto bruto que desse.Tomei uma ducha  lentamente e me vesti com uma tendência de velho.
Passei por vários bares de esquina e uma boutique vagabunda, assinalava preços baixos e produtos subalternos.
Pisei em algumas poças e sorri para velhinhas descansando nos bancos da praça.Assustei alguns pombos e inalei perfume de algumas flores.
Tudo era simples e alegre.
Não gosto de nada exagerado; tudo que é simples me encanta e me cativa, me compra.
Outra vez um senhor me comprou pelo relógio, perguntei as horas e ele logo saltou um relógio que parecia ser de 1953, me dizia que era a única presença sólida de um pai ausente, eram 14:17.


R.

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