Retraído no beco da alvorada
tateia, cego, o ente em sua morada.
Derrotado pelo eco passageiro
e torto pelo seu amor derradeiro.
Surge cinzas, bordéis, parques e algozes
princípios esdrúxulos, surdos e ferozes.
Bíblias monótonas e atrozes
sussurradas em milhões de vozes
A falta, a falta que faz
Lapida um monstro voraz
Posto e capaz de crer
que tudo há de vencer
Ah, derradeira, abandonastes teu lar
Viajando nessa nau em alto mar
Inda a vinda pernoite a ilusão
(porque não ser mais um triste...)
vivendo em solidão?
R.